As mudanças climáticas representam uma das maiores ameaças globais, tornando urgente a adoção de soluções efetivas. A busca pela emissão líquida zero e pelo limite do aquecimento global a 1,5ºC até 2030 é um dos maiores desafios contemporâneos.
O progresso dos países no cumprimentos das metas de zerar as emissões líquidas de carbono depende da implementação integral dos compromissos assumidos por governos e empresas � o que é muito desafiador em meio às incertezas políticas e econômicas.
Contudo, a urgência das mudanças climáticas exige ações imediatas e coordenadas, mesmo em um contexto de crise generalizada. E, se os governos enfrentam dificuldades, o setor privado pode e deve assumir um papel de liderança.
Pressionadas por investidores e reguladores, as empresas têm demonstrado capacidade de mobilização, contribuindo para soluções inovadoras e alinhadas à sustentabilidade. O setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é um exemplo notável desse movimento.
A indústria de TIC transcende fronteiras e promove valor compartilhado por meio de seus produtos e serviços. A conectividade, a produtividade e o comércio são impulsionados por inovações que adotam práticas sustentáveis. Isso posiciona o setor como um aliado crucial no caminho para a descarbonização.
A publicação Rumo ao Net Zero, produzida pela 㣨Leyu, destaca como empresas de TIC, investidores e profissionais de sustentabilidade podem compreender melhor a realidade e as práticas de emissão líquida zero na Europa, no Oriente Médio e na África.
Uma das constatações é que a pressão crescente dos stakeholders leva o setor de TIC a reduzir seu impacto ambiental. Empresas são incentivadas a investir em tecnologias de baixo carbono, como energia renovável e redes mais eficientes, como o 5G. Esse avanço é crucial para mitigar o aumento do tráfego de dados.
Estudos indicam que o 5G tem uma eficiência energética até 90% superior ao 4G. Isso é um marco significativo para o setor, sobretudo nos países da região EMA. Em economias em desenvolvimento, a falta de infraestrutura tradicional cria uma oportunidade para tecnologias inovadoras prosperarem.
Nesses mercados, equilibrar necessidades socioeconômicas com metas climáticas é um desafio e uma oportunidade. Implementar práticas sustentáveis pode gerar benefícios significativos, combinando crescimento econômico com redução de emissões. Isso requer planejamento cuidadoso e colaboração entre stakeholders.
O setor de tecnologia enfrenta pressão menor do que outros setores intensivos em emissões. No entanto, seu papel é fundamental para mitigar o impacto ambiental, especialmente diante do aumento de conteúdo e comunicações. Empresas líderes estão adotando metas voluntárias para emissões líquidas zero.
Compromissos com a neutralidade de carbono incluem a transição para fontes de energia renováveis e metas climáticas agressivas. Essas ações também inspiram outras indústrias, demonstrando que a descarbonização é alcançável, mesmo em setores de alta tecnologia.
Empresas de TIC têm trabalhado para antecipar suas antes dos prazos definidos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Esse compromisso é essencial para acelerar a transição para uma economia mais verde.
A utilização de tecnologias para gerenciar dados de sustentabilidade será fundamental, bem como o estabelecimento de metas claras e o envolvimento dos Conselhos de Administração no tema. Incentivar a alta gestão a aderir às práticas sustentáveis fortalece a governança climática.
Para maximizar seu impacto, o setor de TIC deve colaborar com governos, sociedade civil e outros stakeholders. Essas parcerias possibilitam soluções mais integradas e eficazes para enfrentar as mudanças climáticas e alcançar as metas de emissão líquida zero.
As empresas precisam continuar mobilizando investimentos para cumprir seus compromissos. Começar agora é essencial para reduzir a pressão de prazos futuros e viabilizar as metas de emissão líquida zero. As mudanças climáticas demandam ações imediatas e o setor de TIC é uma força vital para liderar esse processo.
